Quem é Maria?
(Nossa Senhora)
Citação: Lc 1,26-27
“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a
uma cidade da Galileia chamada Nazaré. Foi a uma virgem, prometida em casamento
a um homem chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era
Maria”.
A Santidade de
Maria
Citações:
Lc 1,28 (Saudação do Anjo
Gabriel feita a Maria).
Lc 1,35 (A concepção
Divina).
Lc 1,39-45 (Visita da Maria
a Isabel).
Ap 12,1-2.5. (Descrição
sobre Maria e Jesus).
Is 7,14 (O sinal do Emanuel
– Deus conosco).
(Existem várias outras
citações das SAGRADAS ESCRITURAS que revelam a presença de Maria no Plano de
Deu).
MARIA – A Arca
da Nova Aliança
Maria é chamada de a Arca da Nova Aliança, porque
Jesus foi gerado em seu ventre. Ela é a portadora do VERBO DIVINO.
Tudo isto nos revela que Maria, nasceu pura e não
poderia haver qualquer tipo de pecado em sua alma.
MARIA –
Intercessora
Todos nós cristãs podemos e devemos interceder junto a
Deus, por causa de nossos amigos, irmãos de caminhada, desconhecidos, e
familiares. Tendo assim o compromisso de interceder uns pelos outros. Com Maria
não poderia ser diferente; ela é intercessora nossa diante de Jesus, seu Filho.
Na Bíblia há várias passagens sobre as orações de
intercessão, como por exemplo: Provérbios 15,29; 28,9.; Tiago 5,16-18; Daniel
9,21-23.
Exemplo de Intercessão de
Maria: AS BODAS DE CANÁ (Cf. Jo
2,1-10) – 1º Milagre de Jesus, onde Ele manifestou sua glória e seus discípulos
começaram a crer Nele.
MARIA –
Exemplo e Testemunho de Vida
Com o seu “SIM” Maria trouxe ao mundo o Salvador –
Jesus Cristo. Ela é exemplo de obediência
à vontade de Deus. É exemplo de humildade
onde no Magnificat (cf Lc 1,46-55) ela se declara serva de Deus, e louva a
Ele que por sua misericórdia faz maravilhas para o seu Povo.
Por amor a Deus, ela entregou sua vida a Missão de ser a portadora de Jesus, a
Mãe de Deus, o Verbo Divino que se fez carne e veio habitar entre nós.
Segundo a doutrina da Igreja Católica, Maria está associada aos seguintes dogmas de fé:
·
Virgindade Perpétua - Virgem
antes, durante e depois do parto.
·
Maternidade Divina - Maria é mãe
de Deus. Porque se Jesus é Deus e Maria é mãe de Jesus, logo Maria é mãe de
Deus.
·
Imaculada Conceição – Concebida sem a mancha do pecado original.
O Papa Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus fez a definição oficial do dogma da Imaculada
Conceição, aos 8 de Dezembro de 1854.
·
Assunção aos Céus – Refere-se à elevação de Maria em
corpo e alma ao
Céu. Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII em 1º de Novembro de 1950, na
encíclica Munificentissimus Deus.
As igrejas ortodoxas e anglicanas na
sua maioria aceitam alguns desses dogmas. Os Ortodoxos aceitam o dogma da
Virgindade Perpétua e referir-se a Maria como Theotokos. Alguns Anglicanos
aceitam referir a Maria como Theotokos. A Igreja do Oriente, uma das mais antigas
denominações cristãs, rejeita chamá-la de Theotokos. As confissões protestantes
não os aceitam ou mostram-se reticentes sobre o tema.
MOVIMENTOS MARIANOS
Em
todo o mundo existem inúmeros movimentos dedicados à devoção a Virgem Maria.
Sem falar dos Santuários, Igrejas, Basílicas e grupos que tem Maria como
referência em sua devoção. Dentre estes movimentos (pergunta: Quais os movimentos
que se conhece no Brasil?), existe o Movimento Apostólico de Schoenstatt, mais
conhecido como MOVIMENTO DA MÃE PEREGRINA.
HISTÓRICO – Movimento de Schoenstatt
Foi
criado pelo Pe. José Kentenich em 18 de outubro de 1914, na Alemanha. É parte
da Obra Internacional de Schoenstatt.
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Pe. José Kentenich |
O
ato de fundação é a Aliança de Amor, selada pelo Pe. José Kentenich juntamente
com um grupo de seminaristas pallotinos convidando a Mãe de Deus a
estabelecer-se numa Capelinha e fazer dela um Santuário de graças, de onde
partisse um movimento de renovação religioso e moral para o mundo. Em 1914, não
havia uma imagem ou quadro de Nossa Senhora na Capelinha. Após selar a Aliança
de Amor, Pe. Kentenich e os seminaristas refletem sobre a imagem de Maria que a
Divina Providência lhe indicaria. Um professor do seminário, em 1915,
presenteai-lhes um quadro de Nossa Senhora, cujo título era Refúgio dos
Pecadores. Mas, não sabiam disso. Então, buscam um título para a imagem.
Fazendo
um paralelo com a Congregação Mariana de Ingolstatt, cuja padroeira era Mãe
Três Vezes Admirável, eles decidem invocar a nova Imagem com o mesmo nome.
Em
poucos anos a Mãe de Deus atrai muitas pessoas a este lugar de graças
realizando prodígios de transformações nas almas. A Obra é duramente provada no
decorrer das duas guerras mundiais e também por meio das autoridades
eclesiásticas. Na Alemanha quando os ideais nazistas destruíam a terra alemã, o
Pe. Kentenich anuncia a Imagem de Cristo como Rei e Senhor. A Obra de
Schoenstatt sofre duras perseguições e é ameaçada de destruição. Levando os
membros a aprofundarem sua doação a Maria, e coroá-la em 1939, como sua única
Rainha, a quem davam todos os direitos de reinar sobre suas vidas. Após a II
Guerra, o fundador acrescenta ao título a invocação de RAINHA, por tudo o que
ela realizou a Obra nos anos difíceis.
O RECONHECIMENTO
Entre
os anos de 1951 e 1965, mais uma vez a Obra de Schoenstatt passa pelo cadinho
da purificação por meio do sofrimento. Desta vez trata-se da comprovação por
parte da Igreja. O fundador é exilado por 14 anos, nesse período foi a Obra
muitas vezes suspensa no sinal da cruz, e em grande período de ser dissolvida
pelas autoridades eclesiásticas.
O
Pe. Kentenich e seus filhos espirituais veem tudo isso como uma permissão
Divina para que tanto mais possam amar a Igreja e aprofundarem a confiança no
poder de Maria. Após o Concílio, o Fundador é reabilitado pela Santa Sé e toda
a Obra é reconhecida como fruto do atuar do Espírito Santo.
A
essência desta espiritualidade é a ALIANÇA DE AMOR que os membros selam com a
Mãe, RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT.
INICIADOR DA CAMPANHA DA MÃE PEREGRINA
DE SCHOENSTATT no Brasil
Diácono João Luiz Pozzobon
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Díácono João Luiz Pozzobon |
Nascido
em 12 de dezembro de 1904, em Ribeirão, RS – Brasil. É filho de imigrantes
italianos, Ferdinando e Augusta Pozzobon. Ele desde a infância aprende a amar a
Igreja e esforçar-se para corporificar os ensinamentos de Jesus. No dia 10 de
setembro de 1950, ano em que a Igreja proclama o dogma da Assunção de Maria ao
Céu, ele recebe, no Santuário, a Imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes
Admirável de Schoenstatt, para com ela visitar as famílias.
No
dia 30 de dezembro de 1972, João Luiz Pozzobon é ordenado Diácono da Igreja,
pela imposição das mãos de Dom Érico Ferrari, na Capela Nossa Senhora das
Graças em Santa Maria. Ele santifica a
sua vida pela dedicação à Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.
Após
35 anos de total dedicação à Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, falece
no dia 27 de junho de 1985. Ele a caminho do Santuário, ao atravessar uma
avenida, devido a forte nevoeiro, é atropelado por um caminhão. O motorista
tenta frear, mas o carro desliza na pista úmida. Assim ele faz a sua última
romaria, retorna ao Santuário Eterno e se realizam suas palavras: “Se um dia me encontrarem morto no caminho,
saibam que eu morri de alegria”!
Seu processo de beatificação é iniciado em
Santa Maria/RS, sua diocese de origem, em 12 de dezembro de 1994, por Dom Ivo
Lorscheider. No momento, aguarda-se um milagre para que ele seja beatificado.
DIA DA ALIANÇA
Assim
como Nossa Senhora de Fátima é lembrada no dia 13 de cada mês, a Mãe, Rainha e
Vencedora Três vezes admirável de Schoenstatt é celebrada em cada dia 18.
Este ano o movimento da Mãe Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt completará 100 anos.
Texto e Adaptação: Josenilson Araújo