sábado, 23 de fevereiro de 2013

TEMPO DA QUARESMA




  ORIGENS

Nos primeiros séculos, a celebração da Páscoa não tinha um período de preparação, somente observava-se um jejum nos dois ou três dias precedentes. Os primeiros testemunhos desse tempo ocorrem somente no século IV, de um tempo de preparação para Páscoa, de duas a três semanas. No fim desse século aparecem testemunhos de uma preparação para a Páscoa de seis semanas: a Quaresma de S. Leão (461), a fim de preparar os catecúmenos para o batismo. 


O PERÍODO

O Tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa; a liturgia quaresmal, com efeito, dispõe para a celebração do mistério pascal tanto os catecúmenos, pelos diversos graus da iniciação crista, como os fiéis pela comemoração do batismo e pela penitência.O Tempo da Quaresma vai da Quarta-feira de Cinzas ao entardecer da Quinta-feira Santa.          (Extraido das Normas Universais sobre o ano Litúrgico e o Calendário n. 27-28)


LEITURAS BÍBLICAS

Nos cinco domingos que precedem o Domingo de Ramos, o Lecionário dominical oferece a possibilidade de três itinerários diferentes e que se complementam: um itinerário batismal (ano A); um itinerário cristocêntrico-pascal (ano B) e um itinerário penitencial (ano C).
Para esse ano a temática chama a nossa atenção para estimular uma grande e profunda catequese sobre a reconciliação. Nos dois primeiros domingos, assim como Mateus, mas na sua redação, Lucas apresenta em seu evangelho clássicos episódios: a tentação de Jesus (Mc 1, 12-15) e a sua transfiguração na montanha (Mc 2, 2-10). Nos outros três domingos foca-se em três grandes parábolas de Jesus, apresentando uma reflexão sobre os diversos modos de reflexão: a Parábola da figueira sem frutos (Lc 13,1-9); a Parábola do filho pródigo (Lc 15,1-3,11-32) e a adúltera perdoada (Jo 8,1-11).


A QUARESMA NO CONCÍLIO VATICANO II

SC 109: Ponham-se em maior realce, tanto na Liturgia como na catequese litúrgica, os dois aspectos característicos do tempo quaresmal, que pretende, sobretudo através da recordação ou preparação do Batismo e pela Penitência, preparar os fiéis, que devam ouvir com mais freqüência a palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal.


OBSERVAÇÕES

o   Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores; o toque de instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare – 4º Domingo, bem como as solenidades e festas;
o   A cor do tempo é roxa. No Domingo Laetare é permitido o uso do rosa;
o   Em todas as missas e ofícios omite-se o Aleluia;
o   Somente em Solenidades e festas diz-se o Te Deum e o Glória;
o   As memórias obrigatórias que caem no período quaresmal são rebaixados a memórias facultativas.
“A Igreja preparou os catecúmenos para a iniciação cristã nos quarenta dias que precedem a páscoa. Hoje a Quaresma convoca-nos para a oração, o jejum e a caridade expressa pela esmola. Assim manifestamos a nossa abertura a Palavra de Deus, que nos leva a conversão de nossos pecados, para vivermos a fraternidade em que fomos inseridos pelo Batismo.”

Documento 43 da CNBB Animação da vida litúrgica no Brasil.Texto elaborado e apresentado por Pedro Vítor que é:  

Mestre de Cerimônia da Paróquia Santo Antônio de Pádua – Parque dos Coqueiros, Mestre de Cerimônia do XI Zonal. Coordenador Paroquial de Liturgia da Paróquia Santo Antônio de Pádua. Articulador do XI Zonal para os coroinhas. Membro da Comissão Arquidiocesana de Liturgia e Sacramentos da Arquidiocese de Natal, responsável pelo ministério de coroinhas. Contato: (84) 8868-9650. E-mail: pedro9007@gmail.com






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