sexta-feira, 8 de março de 2013

2º CÍRCULO BÍBLICO


Elas fizeram acontecer o Novo(Ex 1,15-2,10)Leitura da vida      Já estamos tão acostumados a ver a realidade com os olhos contaminados pela ideologia patriarcal que nem percebemos a novidade de Deus acontecendo, hoje. Assim, deixamos de contemplar e de nos alegrar com a cumplicidade solidária, consciente e generosa, criativa e articulada das mulheres em novos espaços da sociedade. Ela vai acontecendo a partir de dentro de cada mulher e vai sendo realizada nas famílias, comunidades e na sociedade civil. Dialogando, elas percebem os pequenos sinais que apontam para alguma possibilidade de cura das pessoas machucadas, esmagadas, colocadas à margem, sem qualquer chance de uma existência digna. Traçam estratégias e começam a agir de maneira muito simples, mas têm conseguido transformar pessoas e situações.
       Perguntas que nos ajudam a interpretar a vida
 1)      Como você vê e interpreta o despertar e a situação das mulheres, hoje?
2)      O que elas estão realizando de novo na sua comunidade e na sociedade atual?
 O texto sobre o qual vamos meditar em nosso encontro de hoje nos mostra que a libertação dos hebreus escravizados no Egito somente foi possível pela solidária transgressão das parteiras egípcias, que não cumpriram as ordens do faraó (Ex 1,15-18). Elas ainda tiveram a ousadia de elogiar as mulheres hebreias, dizendo que “elas eram cheias de vida” (Ex 1,19). Esta solidariedade entre mulheres estrangeiras já representa o começo da intervenção de Deus na história do Êxodo. Vamos ouvir o texto bíblico e ficarmos atentos para perceber quais foram as ordens do faraó, quais as atitudes das parteiras e qual a saída que a mãe e a irmã de Moisés encontraram para que ele pudesse sobreviver.
 3 – Leitura de Êxodo 1,15-2,10       Perguntas que nos ajudam a interpretar a vida e a Bíblia
 1)      Quais foram as ordens do faraó neste texto? Por que o faraó manda matar os meninos hebreus e deixar vivas as meninas?
2)      Quais foram as atitudes das parteiras e da mãe e irmã de Moisés? Sem elas, como ele poderia ter sobrevivido?
3)      E hoje, que poderes estão levando adolescentes e jovens à morte? Quais são as iniciativas que estão salvando vidas, hoje?
   4 – Momento orante       Preces espontâneas
      Compromisso e oração do Pai-Nosso de mãos dadas
      Abraço da paz
      Canto
 5 – Organização do próximo encontro       Local e data
      Texto e tema
      Responsáveis pela preparação
   Ampliando Solidariedade e cumplicidade das mulheres na história do Êxodo
      Moisés não teria sobrevivido, nem o êxodo acontecido, sem a criatividade e a audácia de Jocabed, a mãe de Moisés (Ex 6,20; Nm 26,59) e a atenção contínua e corajosa de Miriam que, de longe, observava e acompanhava o que ia acontecer com o menino (Ex 2,4). A audaciosa transgressão iniciada pelas parteiras tem sua sequência em ações corajosas da mãe e da irmã de Moisés, chegando até a filha do faraó (Ex 2,5-10). Dessa maneira, elas tecem uma história profundamente humana e subversiva da sobrevivência de um menino hebreu, bem nas barbas do faraó.
       Moisés é criado e amamentado pela mãe, que ainda recebe um pagamento pelo serviço prestado (Ex 2,9-10). Depois do tempo em que foi amamentado e cuidado pela mãe, Moisés passou a viver na casa do faraó e recebeu a capacitação necessária para desenhar as estratégias de saída do Egito (Ex 14). Dessa maneira, em solidária transgressão, as mulheres decidiram não somente a história de Moisés, mas de libertação de um povo. Moisés, o menino salvo das águas, é símbolo do novo povo que nascerá da experiência do êxodo.
       Essa audaciosa atuação das mulheres que enfrentaram o faraó para salvar os meninos hebreus ficou na memória do povo bíblico. Uma delas, Mirian, continuou assumindo um papel importante na caminhada através do deserto. Sua experiência e perspicácia conquistaram a confiança e o bem querer do povo em marcha. Ela, Moisés e Aarão organizaram e lideraram a difícil e perigosa travessia por uma região inóspita, em direção à terra da promessa. Embora os três irmãos tivessem funções diferentes, todos eram significativos para o povo que saía do cativeiro.
       O livro dos Números apresenta Miriam e Aarão criticando Moisés (Nm 12,1) e se perguntando: “Acaso o Senhor falou só para Moisés? Não falou também por meio de nós?” (v.2). Como castigo por esta crítica, Miriam fica leprosa (v.9) e Aarão intercede por ela junto a Moisés, que clama ao Senhor em favor de Miriam. Então, “Miriam ficou confinada fora do acampamento durante sete dias e o povo não se moveu do lugar enquanto ela não foi readmitida” (v.15). A reação do povo, recusando-se a continuar a caminhada pelo deserto sem Miriam, demonstra que ela era muito significativa na marcha que realizavam em direção à vida e à liberdade.
       Esta reflexão pode contribuir para que se possa descobrir a importância de Miriam na caminhada do povo de Deus, hoje, e a analisar com mais profundidade as relações de poder e as causas dos conflitos comunitários e entre as lideranças que conduzem as igrejas, hoje.

1º CÍRCULO BÍBLICO

Cantando e dançando se faz teologia (Ex 15,1-21)


    - Leitura da vida

       Há muitas situações de escravidão e dominação hoje em dia, tanto no campo como na cidade. Pessoas e grupos ficam paralisados, sem iniciativa e não conseguem vislumbrar e gerar alternativas para saírem destas situações. Muitas vezes são as mulheres que inventam pequenas saídas para solucionar problemas do dia-a-dia e levar adiante a caminhada familiar e comunitária.

       Perguntas que nos ajudam a interpretar a vida

1)      Quais as situações de dominação e exploração que vocês conhecem?
2)      Que alternativas vocês estão encontrando para sair dessa situação?

O texto sobre o qual vamos meditar hoje é um dos fragmentos mais antigos da Bíblia. Este texto nos apresenta a letra de um hino sobre a ação libertadora de Deus, que tira da escravidão um grupo de sofredores. A fé no Deus que escuta o grito dos oprimidos (Ex 22,25) é uma força muito grande para a comunidade poder persistir na caminhada, sem desanimar. O canto que vamos ler, agora, demonstra a espiritualidade alegre e confiante do povo que fez a travessia da escravidão para a liberdade. A experiência da libertação ajuda a perceber Deus dentro de si mesmo, inspirando e iluminando a caminhada conjunta: “Deus é a minha força e o meu canto” (15,12). Vamos ouvir o texto bíblico e prestar atenção nas ações de Deus e nos sentimentos e nas ações do povo que saiu do Egito e fez a travessia do mar.

3 - Leitura de Êxodo 15, 1-21

       Perguntas que nos ajudam a interpretar a vida e a Bíblia

1)      O que chama sua atenção neste texto?
2)      Quais as ações de Deus para libertar o seu povo?
3)      Quais os sentimentos do povo que transparecem neste hino e quais as ações que o povo realiza para demonstrar estes sentimentos?
4)      Quais as experiências de superação que você já vivenciou e como estas experiências fortalecem sua caminhada?



4 - Momento orante

      Preces espontâneas
      Compromisso e oração do Pai-Nosso de mãos dadas
      Abraço da paz
      Canto

5 Organização do próximo encontro

    Local e data
    Texto e tema
    Responsáveis pela preparação


Ampliando

                       De pés no chão, mulheres interpretam e celebram a ação libertadora de Deus
     
      Depois da passagem do mar vermelho (Ex 14), encontramos Miriam liderando uma celebração do acontecimento que marcou definitivamente a história do povo da Bíblia. Junto com as mulheres ela canta e dança a vitória contra os que escravizavam o seu povo, fazendo uma interpretação teológica do triunfo sobre o exército do faraó, da saída do Egito, à conquista da libertação do cativeiro.

      Com um instrumento na mão e o corpo em graciosos movimentos, ela desperta a comunidade para olhar de maneira nova os fatos acontecidos, mostrando a presença libertadora de Deus no meio de seu povo em marcha. Nem a coragem e a ousadia de Moisés, nem as estratégias de guerra que ele aprendeu na escola do faraó foram a razão da vitória. Foi o braço do Senhor que defendeu aquele grupo de escravos e transformou suas vidas. Em vez de escravos, tornaram-se um grupo autônomo, desafiado a fazer caminho e a construir uma nova história. Assim, Miriam torna-se uma teóloga que interpreta a experiência feita e desvela o que está por trás dos acontecimentos. Mostra quem está conduzindo a comunidade e confirma a importância de ousar seguir em frente, avançando em direção à liberdade oferecida por Deus.

      Profetisa, ela mostra que não basta atravessar o Mar Vermelho, não basta sair da escravidão do Egito (Ex 3,7;14,30) para uma terra onde corre leite e mel (Ex 3,8.17) mas é preciso construir um futuro inédito. Ela anima o povo a avançar por uma terra desértica sem caminhos definidos, na certeza do poder de Deus e no envolvimento comprometido e ousado em um projeto de autonomia e vida boa para todos.

      Somente esta certeza de que Deus está no meio da comunidade pode gerar a coragem e a ousadia de seguir em frente, até conquistar a autonomia e a liberdade que sonham. Ao celebrar o poder do Senhor, dançando com suas companheiras de caminhada, ela está afirmando que a única garantia para avançar na caminhada e tecer uma história testemunhal, é a entrega ativa e criativa nas mãos de Deus.

      A dança de Miriam tornar-se-á uma prática das mulheres bíblicas (Jz 11,32-34; ISm 18,6-7; 21,12; 29,5; Jt 15,12-14; 16,1-17). Ao fazer memória das mulheres bíblicas que mantiveram a identidade do seu povo, levando-o a ter um novo olhar sobre os acontecimentos que marcaram sua história, trago uma luz para ver de perto a caminhada do povo de Deus, hoje. Pergunto-me pelo espaço efetivo e criativo das mulheres nesta caminhada. Elas têm testemunhado sua fé e doação ao serviço do Reino de Deus, no cotidiano das famílias e comunidades. A ação das mulheres nas Igrejas Cristãs, apesar da discriminação e da invisibilidade delas na igreja institucional, torna-se uma falta atual, profunda e desconcertante sobre a presença atuante de Deus, hoje, agindo na história sempre a partir dos pequenos. 
Por Pe. Inácio Henrique.

domingo, 3 de março de 2013

INDULGÊNCIA PLENÁRIA - ANO DA FÉ


Estamos vivendo o ANO DA FÉ, que começou no dia 11 de outubro de 2012, e vai até o dia 24 de novembro de 2013. O Santo Padre (agora Papa Emérito) Bento XVI, publicou uma Carta Apostólica 'Moto Próprio' - Porta Fidei, significa Porta da Fé. No texto, lembra a importância de redescobrir a fé. O Santo Padre, no Porta Fidei, diz que o ANO DA FÉ é um convite para "uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo".
Por ocasião do encerramento da Festa da Padroeira da Arquidiocese de Natal, Nossa Senhora da Apresentação, 21 de novembro de 2012, o Arcebispo Metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, publicou um Decreto sobre o ANO DA FÉ. Declarando que os fiéis podem alcançar INDULGÊNCIA PLENÁRIA, ao longo do ANO DA FÉ.
Podem alcançar a Indulgência Plenária da pena temporal para os próprios pecados, aplicável em sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, a todos os fiéis deveras arrependidos, que se confessem de modo devido, comunguem sacramentalmente e orem segundo as intenções do Sumo Pontífice.
Para isso, três ações as pessoas devem fazer para obter as Indulgência.
A primeira ação é cada vez que participarem em pelo menos três momentos de pregação durante as missões sagradas, ou então em pelo menos três lições sobre os documentos do Concílio Vaticano II e sobre os artigos do Catecismo da Igreja Católica (CIC) em qualquer Igreja ou lugar idôneo.
A segunda ação é as pessoas que visitarem em forma de peregrinação, uma Basílica Papal, uma catacumba cristã, uma Igreja Catedral ou um lugar sagrado.
A terceira ação, é que as pessoas nos dias determinados pelo Ordinário do lugar, em qualquer lugar, participarem numa solene celebração eucarística ou na liturgia das horas, acrescentando a Profissão de Fé de qualquer forma legítima.
O Arcebispo também designou 10 lugares os quais os fiéis podem visitar, em forma de peregrinação, para obterem a Indulgência Plenária. São:
Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, Cidade Alta, Natal; Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, na Cidade Alta, Natal; Santuário de Nossa Senhora das Graças e Santa Teresinha, Tirol, Natal; Igreja Matriz de Nossa Senhora de Lourdes, (onde estão os restos mortais do Pe. João Maria), Petropólis, Natal; Santuário de Santos Reis, no bairro de Santos Reis, Natal; Santuário dos Mártires, Nazaré, Natal; Santuário dos Mártires em Uruaçu, São Gonçalo do Amarante; Santuário de Santa Rita de Cássia, Santa Cruz. Além do Santuário do Bom Jesus dos Navegantes, em Touros; e a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima, Conjunto Parque das Dunas, Natal.
Também fica decretado que, os fiéis que participarem de uma celebração solene ou da liturgia das horas, durante o ANO DA FÉ, também receberão Indulgência Plenária. Para esta finalidade foi decretada as seguintes datas:
22 de fevereiro, Cátedra de São Pedro; 31 de março, Páscoa do Senhor; 30 de maio, Corpus Christi; 30 de junho, Solenidade de São Pedro e São Paulo; 16 de julho, Morticínio de Cunhaú; 3 de outubro, Proto-Mártires do Brasil; 21 de novembro, dia de Nossa Senhora da Apresentação; 24 de novembro, encerramento do ANO DA FÉ. E o dia do Padroeiro de cada Paróquia.
O sr. Arcebispo, em decreto também orienta que os fiéis rezem o CREDO em todas as reuniões de Pastorais, Movimentos e Serviços, nas paróquias, e em nível arquidiocesano. Ele também pede zelo para promover momentos de formação permanente, estabelecendo uma prática semanal de ação, que marquem o ANO DA FÉ. Que estudemos os documentos do Concílio Vaticano II e valorizemos sempre o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA - CIC.

Fonte: Jornal "A Ordem", páginas 6 e 7. Do dia 24/02/13.
Adaptação do texto: Josenilson Araújo - Coordenador da Pascom, agente da Catequese para Adultos, ENS, Conselho Administrativo e Econômico da Paróquia.